Geraldo Júnior é reconduzido ao terceiro mandato, em, “golpe de mestre”, com chapa única na tarde desta terça
Fernanda Chagas
Os vereadores de Salvador, na tarde desta terça-feira (29), escolheram os representantes da Mesa Diretora Executiva, que estava marcada para o final do ano de 2022 e por mudanças da Lei Orgânica do Município, o presidente Geraldo Júnior (MDB) em chapa única foi reconduzido ao cargo para o biênio 2023/2024, em voto secreto. A mudança no regimento, assinada pelo presidente, publicada próximo do momento da votação no Diário Oficial do Município (DOM), pegando muitos parlamentares de surpresa, ao qual classificaram como “golpe de mestre” para muitos e não agradou a todos.
A justificativa, publicada no DOM, diz que a “presente
preposição tem por escopo antecipar o pleito eleitoral desta Casa pela
conveniência de nós parlamentares e pela supremacia do interesse público na
consecução do teor deste requerimento. Dessa forma, aguarda-se sua aprovação
pela totalidade dos membros desta Casa pela relevância da matéria”. Ao todo, o
requerimento publicado hoje contou com 20 assinaturas.
Muitos edis, em conversa com o fernandachagasnarede confessaram, pela forma que ocorreu a publicação,
poucas horas antes do processo eleitoral, que se tratou de “maldade”. O integrante
do União Brasil Claudio Tinoco, por exemplo, esbravejou no plenário sobre a
forma que se conduziu o movimento. Ele alegou não ter participado no dia da
votação que ocorreu dia 23, não estava de acordo, mas como existia maioria
seguiria. Contudo, afirmou nunca ter visto “aquilo na história da Câmara”.
Chegou a pedir aos colegas que entrassem com recurso.
Antes da mudança, a legislação só permitia que o chefe da
Câmara de Vereadores fosse reeleito em legislaturas diferentes. A estratégia da mudança da Lei Orgânica, segundo fontes, giraria em torno da desistência de Geraldo Júnior da pré-candidatura à Câmara
Federal, com possibilidades de ser vice de Jerônimo Rodrigues (PT), de forma que o grupo
encabeçado pelo partido passe a ter o apoio dos emedebistas e o primeiro vice-presidente,
Carlos Muniz (PTB) assuma seu posto. Ao todo, Geraldo Júnior obteve 35 votos dos 39 votantes e parte para o terceiro mandato consecutivo. Houveram duas abstenções e um voto em branco.
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