Em ritmo de campanha, presidente da Câmara falta sessão e plenário é fechado mesmo sob chamamento no Diário Oficial

Foto: Divulgação 

Fernanda Chagas

Enquanto o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) percorre a Bahia, acompanhando o pré-candidato ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, (PT), ao qual é vice em sua chapa, projetos importantes na CMS ficam engavetadas e coisas, nunca antes vista, como plenário fechado em dias de sessão estão ocorrendo. 

Hoje, por exemplo, completou a terceira sessão consecutiva das ultimas terças-feiras sem realização na Câmara, apesar de chamamento oficial no Diário Oficial do Legislativo, o que levou ao parlamento, ao menos, 20 vereadores protestar. 

No improviso realizaram os trabalhos na antessala do Cosme de Farias. Sessão aberta pelo vereador Duda Sanches, 1º vice-presidente da CMS, que não deixou de criticar a reeleição de Geraldo e de fazer a contagem dos números de vereadores que para abrir a sessão.

 

Em conversa com o FernandaChagasnaRede, para ele é “inadmissível que a cidade, o estado, esteja enfrentando uma crise na segurança pública, na educação e na regulação da saúde. E, acima de tudo, problemas não faltam para o legislativo se debruçar e o presidente se ausente da Câmara por semana para fazer campanha fora do dia correto. É, no mínimo irresponsável”. 

O encontro desta terça tinha quatro projetos para serem apreciados, sendo que dois deles estão sobrestando a pauta. Ou seja, nada pode ser votado se eles não passarem pelo crivo do plenário. 

Duda Sanches, não deixou de frisar que Geraldo Júnior não pode esquecer  que possui  como dever legal, levando em conta o papel de ordenador de despesas que exerce na Câmara e mais ainda compromisso com a cidade. “Por isso, nós, enquanto eleitos pelo povo, abriremos  as sessões quando o presidente estiver ausente, respeitando a lei orgânica do município. Viemos para trabalhar, e é isso que nos cabe”, desafiou. 

Para o vice-líder do governo na CMS, Kiki Bispo, tratou-se de mais um dia triste para a democracia. “Com o quórum suficiente necessário para abrir uma sessão debatemos, sobretudo o regimento interno da Câmara que tem sido violado a todo tempo”, bradou. 

Vereadores da oposição não participaram da oposição, sob a justificativa de participação das comissões.