Com chapa completa, Lula diz que se o ”desconhecido” trabalhar certo será o próximo governador

Foto: Divulgação/ Redes Sociais 

Fernanda Chagas

Em visita a capital baiana, na tarde desta quinta-feira (31), para conhecer toda chapa majoritária governista que disputará às eleições de 2022 na Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não hesitou em dizer durante discurso que @se o desconhecido” trabalhar certo será o próximo governador. 

“Me vejo surpreso com o tamanho do ato em prol de sua candidatura, o antes desconhecido, que se trabalhar certo,  tem tudo para vencer o pleito e eu começo a acreditar, não sei quem são nossos adversários, mas um cara que não é conhecido do povo ainda e consegue trazer tanta gente em uma quinta-feira, acho que podemos assegurar que você será o novo governador da Bahia, se você se dedicar. Tem que acreditar neste povo para você ganhar sua batalha", aconselhou. 

Ele ainda ponderou. “Não será fácil, eles vão bater em você, investigar até o ventre da sua mãe para achar um defeito seu. Mas, siga firme e se prepare que você seja vitoriosa e seja o próximo governador da Bahia", reforçou para Jerônimo, que tem como agravante ter sido secretário de Educação, com uma gestão com as piores estatísticas do país. 

Contudo, sem esconder o otimismo, o ex-presidente admitiu que se depender da vontade dele. “De algum voto que eu tenha na Bahia, esse tal de Jerônimo, que eu ainda nem conheço bem,  será o próximo governador da Bahia", não se cansou de enfatizar.

Ainda, com seu jeito espontâneo, classificou Jerônimo como o Herói do Sertão de Aiquara (município que o pré-candidato nasceu). "Quando fui convidado para vir, pensei logo em Jerônimo como um personagem que tinha antigamente. E ele é de fato um herói do Sertão, de Aiquara e conseguiu ultrapassar todas as barreiras colocadas na sua vida", levantou sua bola. 

O líder petista ainda aproveitou para mandar recado para os atuais adversários. “Vamos ter que mandar uma lista de deputado para o povo e dizer que esses são os deputados do Rui, esse aqui é o deputado de Lula, aqui é o deputado de Wagner, para que o povo saiba que não pode votar numa raposa para tomar conta do galinheiro, porque a raposa vai comer as galinhas. A mesma coisa para senador não podemos votar em senador que votou no impeachment da Dilma, ou um senador que aprova o tal do orçamento secreto”, afirmou o ex-presidente em recado, ao menos, para ao vice-governador João Leão (PP).

Jerônimo não ficou para trás e frisou que não vê como empecilho para garantir sua vitória o fato de ainda não ser conhecido pela maioria da população baiana. “As pessoas ainda perguntam muito sobre mim, mas eu só tenho uma coisa a dizer, assim como Rui Costa foi uma surpresa, uma vitória e um sucesso, eu serei o governador da surpresa, da vitória e do sucesso”, discursou. 

Em sua visão, a Bahia está dividida em dois grupos, avaliou explicando a Lula sobre seus adversários. “O do atraso, que não tem coragem de assumir o presidente deles, e o grupo da esperança, formado pelos que acreditam, diariamente, na volta da comida na mesa, da escola técnica, e da gasolina acessível. A Bahia não pode recuar e nem olhar para trás. Eu quero carregar o sonho de 15 milhões de baianos e baianas. E o que fizemos aqui hoje, faremos em todos os cantos da Bahia”, carregou no elogio a Lula.

Enquanto isso, o vice Geraldo Júnior (MDB) garantiu que será a caixa de ressonância de todos os vereadores por toda a Bahia. Porque eu no meu quarto mandato, duas vezes presidente da Câmara, sei a dor de um vereador que  representa o povo de nossa cidade”, disse ao chamar ao seu lado o governador Rui Costa. 

“E poucos sabem Rui, mas a  história vai se repetir.  Rui Costa foi vereador de Salvador e chegou ao governo, novamente um vereador vai sair da Câmara para chegar à governadoria, agora como vice-governador”, profetizou. 

Por tabela,ainda chamou os ex-aliados, com que conviveu por 10 anos, de covardes.  “Me perguntaram porque estou do lado de cá, porque o lado de cá tem Lula para transformar a vida das pessoas. Estou desse lado porque na história não se registra covardes”, disse o mais novo integrante do ninho petista. 

O senador à reeleição ao Senado, Otto Alencar lembrou sua trajetória no Congresso. “E queria lembrar presidente (sic) Lula que tudo que foi acordado nos meus sete anos e três meses de mandato com a presidente Dilma, o governador Rui Costa cumpri todas as promessas, sobretudo, aquelas ligadas ao povo baiano, ao povo brasileiro, ao trabalhadores do Brasil. Enfrentamos dificuldades com o golpe que foi proferido a presidente Dilma, mas votei contra como um baiano que não aceita pressão, mas o golpe não nos tirou o norte. Lutei contra a Reforma Trabalhista que penalizou o trabalhador e precisa ser revista em vários pontos, trabalhei na CPI de Inquérito pelo que eu acho mais importante, que é a preservação da vida, mas hoje não há o que comemorar na saúde e na educação e agora no Ministério da Educação em as obras saem pelo vergonhoso quilo de ouro. Portanto, estou aqui para dizer a vocês que no meu mandato cumpri tudo combinado em 2014 e nós  baianos haveremos de nos redimir e Lula voltará para tirar o povo brasileira da situação de caos que o país se encontra”, enfatizou, arrematando que a democracia é o seu partido e a constituição é o seu respeito. 

Por fim, apesar de o líder petista liderar as pesquisas no estado baiano, no Nordeste; o governador Rui Costa, que permanece relembrando a sua origem pobre, no bairro da Liberdade, em Salvador e agora associando o nascimento de Jerônimo no interior de Aiquara; não deixou de ponderar que a Bahia irá presentear Lula com 70% dos votos no primeiro turno. “Por onde eu passo,  quando fala o nome de Lula o povo vai a explosão. Você terá aqui na Bahia, no primeiro turno, mais de 70% dos votos dos baianos e baianas. Porque o Lula precisa da Bahia e a Bahia precisa de Lula”, concluiu, levando a plateia ao delírio, ao som do novo jingle: “quem trabalha por nossa gente, essa turma ninguém segura, é Otto, Jerônimo e Lula”, curiosamente, sem o nome de Geraldo Júnior. 

Rui ainda se emocionou ao falar de sua amizade de mais quarenta anos com o senador Jaques Wagner e resumiu que nenhuma “intriga, futrica”, a abalará. 

Lula deu a última palavra acenando que, se decidir ser candidato, lembrando que não pediu voto para ninguém, irá ganhar democraticamente. “sem distribuir armas, mas livros, falar de Educação, de amor, de solidariedade e não contar mentira, como tem acontecido todos os dias”. Ele disse ainda que não virá para fazer menos do que fez quando ocupou o Palácio do Planalto, mas para fazer muito mais, momento que foi ovacionado pela plateia, reiterando que “temos um país rico sendo subaproveitado”. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann também esteve presente no ato. 

Foto: YouTube 

Com informações do YouTube / TV PT